CENA 6: (FLASHBACK/TERRENO/NOITE)

NARRAÇÃO: Parece que você e seu comparsa não prestaram muita atenção na movimentação da rua.-Risos- Pelo que minha sobrinha disse, ela viu vocês dois dirigindo em alta velocidade e entrando naquele terreno velho...

[Carregando sua mala após ser expulsa pelo tio da igreja, Maria caminha pela calçada daquela rua]

MARIA: Se o Victório não está em casa, pra onde ele deve ter ido? Não acredito que aquele infeliz já foi se infiltrar na casa daquela bandida.

[No momento, o carro de Regiane ultrapassa a moça e aos poucos vai estacionando ali perto, em um terreno velho]

MARIA: Gente, aquela é a Regiane!

[Escondida, Maria caminha até o terreno onde observa o corpo de José sendo jogado em um buraco que ali estava. A jovem se choca com o que observa]

MARIA (Assustada/Sussurrando): Eles vão enterrar o meu tio!

[Maria observa aquele momento pasma e ao ouvir os gritos por ajuda do tio, começa a se revoltar. Depois do homem ser enterrado, Regiane e Heitor entram no carro e partem dali. Maria se aproxima desesperada e começa a cavar com as mãos aquele monte de terra. Vendo que seria inútil, a jovem caminha naquele terreno e encontra um pedaço de madeira que serviria como pá. Maria retorna a cavar e depois de uns segundos consegue destampar o rosto do tio daquele monte de terra. Chorando, o padre se alivia enquanto a moça termina de desenterra-lo]

NARRAÇÃO: E foi assim que ela me salvou.

FIM DO FLASHBACK

CENA 7: (DELEGACIA/SALA DE VISITAS/NOITE)

[Após contar a história, Regiane se enfurece enquanto José sorri]
REGIANE (Furiosa): Você e aquela imunda são dois malditos! Quando eu sair daqui se prepare, pois terminarei o meu serviço a todo custo.

JOSÉ: Quando sair, ou seja, nunca! Pelo que fiquei sabendo a senhorita vai ser transferida pra capital hoje mesmo. Isso que você merece, Regiane Vilela, a solidão. Você se destruiu sozinha e destruiu a vida de seu próprio filho por causa de seu passado.

REGIANE (Nervosa): Cala essa boca, viado, e saia daqui! Ah, deixou de ser padre pra correr atrás de homem, não é mesmo?

JOSÉ: Se for por esse motivo, o que você tem a ver com isso? Nada! Esse assunto diz respeito apenas a mim.

[José se levanta da cadeira]

REGIANE: É um viado velho mesmo!

JOSÉ: Agora quem vai rir da sua derrota sou eu, ouviu? Eu!

[Sorrindo ironicamente, José se retira da sala deixando Regiane cada vez mais nervosa. A mulher chuta a "perna" da mesa que estava em sua frente descontando sua raiva]

CENA 8: (MANSÃO DOS VASCONCELLOS/QUARTO DE MIGUEL/NOITE)

[Deitado em sua cama e chorando muito pelo que descobriu a tarde, Miguel está abraçado a seu travesseiro ainda com a roupa do casório]

MIGUEL (Chorando): Não pode ser, meu Deus... Minha mãe não pode ter feito isso comigo, ter me ferido de tal maneira. A Regiane foi muito baixa em me machucar dessa maneira. Eu amo a Thelma e não é como irmã, meu Deus, não posso ama-la dessa maneira. Não posso!

[Victório aos poucos entra no quarto e se senta na cama junto ao filho em forma de consolá-lo]

VICTÓRIO: Não fica assim, meu filho. Se eu tivesse me recordado dessa revelação que eu não era o seu pai, podia no mínimo ter abrido seus olhos para que posasse no tirar teorias de quem seria o seu pai realmente.

[Miguel ainda chorando se senta]

MIGUEL: Você vai ser sempre o meu pai, sempre. A única pessoa que se importou nessa vida comigo. Sabe, mesmo após ouvir essas coisas do Rodrigo, acredito que ele também é vitima nessa história toda, ou me engano?

VICTÓRIO: Sobre ele eu não posso dizer nada, pois raramente o via naquele tempo, mas ouvi umas coisas horríveis sobre esse homem. Podem ser fofocas, por isso não acredito muito.

[Victório se levanta]

VICTÓRIO: Filho, sei que você está em péssimo estado, mas minha viagem é amanhã e preciso arrumar umas coisas. Em breve estou de volta, okay?

MIGUEL: Por favor, pai, fique comigo.

VICTÓRIO: Eu juro que volto para passar o resto de nossas vidas juntos, mas preciso refletir também sobre algumas coisas, concorda? -O Jovem afirma com a cabeça- Bom, além disso tenho outro assunto para lhe informar.

MIGUEL: Qual?

VICTÓRIO: Regiane! A sua mãe foi presa e na madrugada será transmitida para uma prisão na capital. Hoje é o único dia de visitas pra ela, se você quiser que eu o leve...

MIGUEL: Sim! Quero falar com ela agora mesmo.

CENA 9: (HOSPITAL/QUARTO DE RODRIGO/NOITE)

[Deitada na cama junto ao pai que está ferido, Thelma vestida de noiva chora pelo ocorrido no dia]

THELMA (Chorando): Ai, pai, como o destino é cruel. Ele nos torturou de uma forma impressionante nessa vida.

RODRIGO: Sim, meu anjo, esse destino foi bem rigoroso com nós dois e nos trouxe muitas desgraças.

THELMA (Chorando): Mas comigo ele foi pior. Ele me fez namorar o meu próprio irmão, me fez deitar com ele e ainda me engravidar. Eu vou pro inferno, pai, isso não tem perdão.

RODRIGO: Quem vai pro inferno é a Regiane e não você, filha. Diabo reconhece diabo. Isso tudo foi culpa dela também. Não vamos culpar somente o destino sendo que aquela vadia também tem dedo nessa história.

THELMA: A Regiane ainda te feriu, não foi?


RODRIGO: Sim, filha, maldita hora que fui comparecer naquele lugar.

THELMA: Não se culpe apenas, pai. A justiça vai ser feita e essa mulher vai pagar muito pelo que fez.

[Ao ver a filha chorando mais uma vez, Rodrigo a aconchega em seus braços]

CENA 10: (DELEGACIA/SALA DE VISITAS/NOITE)

[Com a cabeça baixa aguardando a próxima visita, Regiane permanece em silêncio quando ouve passos da visita entrando no local. Ela levanta sua cabeça e sorri ao ver Miguel]

REGIANE: Meu filho!
MIGUEL (Nervoso): Não me chama de filho! Como você foi capaz, mãe? Você arruinou a minha vida ao me unir com a minha própria irmã! Sempre me incentivava a ir pra cama com ela e eu jamais imaginaria que era por causa dessa sua sede de vingança infeliz. Jamais! Sempre disse que me amou, mas era tudo uma mentira!

REGIANE (Chorando): Miguel, se acalme. Me entenda!

MIGUEL: Entender? A senhora pode me pedir qualquer coisa, mas compreender o que você fez, não! Me usou, teve a ousadia de usar um filho pra vingar um passado bobo!

REGIANE (Chorando): Miguel, eu sei que errei, mas foi a única forma que encontrei pra acabar e tirar a honra e a felicidade do rosto daquele maldito que me abandonou e me humilhou sempre.

[Miguel caminha pelo local confuso e deprimido, mas ainda nervoso]

MIGUEL (Chorando): Sabe o que eu quero agora? Me matar! Se sinta satisfeita, pois conseguiu me envolver com a mulher que nunca, ouviu bem? Nunca será a minha irmã. Jamais irei desejá-la de outra maneira se não for como mulher.

REGIANE (Chorando): Me desculpe, filho. Nunca imaginei que você iria sofrer dessa maneira.

MIGUEL: Nunca imaginou? Ah, por favor, Regiane. Olha, desejo que você apodreça dentro daquela cela imunda onde será levada. Que tudo o que a senhora fez nessa vida, tenham suas devidas consequências. -Se encaminha até a porta- Guarde dentro de seu coração de mentiras, que você foi a responsável pelo meu sofrimento. Apenas você!

[Após dizes aquelas palavras, Miguel se retira do quarto em lágrimas enquanto Regiane se joga no chão sofrendo com o que ouviu de seu filho]


REGIANE (Chorando): Me desculpe, filho... Eu sou a vítima dessa história toda. VÍTIMA!

CENA 11: (ESTRADA/INT./MADRUGADA)

[Na estrada escura indo em direção a Capital, dois policiais estão na parte da frente do veículo, que naquele lugar atravessava, enquanto na parte de trás está Regiane algemada ao lado de um policial que aos poucos vai fechando os olhos por está cansado. Regiane observa atentamente o policial que conduz o carro. A mente da moça é tomada pelo desabafo e sofrimento de Miguel naquela sala de visita] 


REGIANE (Sussurrando): Por você, Miguel.

[Uma lágrima escorre em seu rosto e em uma atitude inesperada, a mulher se joga na parte da frente do carro atrapalhando a visão da estrada do motorista. O policial perde o controle do automóvel que capota pela estrada indo em direção ao meio de um matagal que ficavam nas laterais da estrada. Depois de uns segundos, podemos observar uma explosão vindo daquele lugar]

CENA 13: (HOSPITAL/QUARTO DE RODRIGO/DIA)

[Já com sua roupa trocada, Thelma se aproxima do pai que aos poucos desperta]
RODRIGO: Bom dia, filha! Como meu neto e você estão?

THELMA: Estamos bem na medida do possível, pai. -Alisa a barriga- E o senhor?


RODRIGO: Estou me recuperando bem. O doutor Jean me informou que posso voltar pra casa hoje mesmo.


THELMA: Que ótima notícia! Estou mesmo querendo deixar esse ar de hospital e voltar pra igreja.

[Os dois sorriem quando observam José na porta]

RODRIGO: Entre, meu amigo, como vai?

JOSÉ: Vou muito bem, e vocês dois?


RODRIGO: Aos poucos vamos se recuperando, se Deus nosso pai permitir. Olha, te agradeço e muito pelo bem que você fez para todos nós. Entregou sua batina para revelar o que aquela psicopata tentava fazer para ferir a mim e a minha filha.

JOSÉ: Essa era a minha missão, Rodrigo, não precisa agradecer. Só lamento que demorou muito e não pude evitar muita coisa.

RODRIGO: Mas fez muito bem.

[Rodrigo sorri para José e em seguida um som de celular é ouvido. Thelma retira de seu bolso o aparelho e atende a chamada que recebia]

THELMA (Cel.): Alô... É ela mesmo... Como é que é?... Não pode ser, meu Deus! Como?... Não! Não! Não!... No momento não estou podendo ir, mas amanhã mesmo estarei aí sem falta, para podermos esclarecer essa história... Okay, tchau!

[Rodrigo se assusta pela conversa da filha]
RODRIGO: O que foi, Thelma? Quem era no telefone?

THELMA: Era do cemitério onde a mamãe foi enterrada. Disseram que ontem iriam fazer a transferência de seu caixão para uma gaveta, mas estranharam que dentro dele não havia ninguém.

RODRIGO: Ué, que estranho. Não foi você quem enterrou a sua mãe?

THELMA: Primeiro eu fui no hospital ver como o senhor estava, enquanto isso o meu tio foi reconhecer o corpo da mamãe e preparar o enterro. Como fiquei com você naquele hospital enquanto estava em coma, não pude acompanhar o enterro. Só fiquei sabendo o local onde ela foi enterrada.

RODRIGO: Bom, devem ter enterrado ela em outra cova e trocaram os nomes. Olha, fique calma, filha, depois você liga para seus tios e esclareça isso direito, okay?

[Thelma sorri e abraça o pai. José fica intrigado. No momento, Doutor Jean, o médico responsável pelo estado de Rodrigo, entra no local]

DOUTOR JEAN: Rodrigo, tenho ótimas notícias. Hoje o senhor terá alta e poderá voltar pra sua casa.

RODRIGO (Feliz): Sério, doutor? Muito obrigado mesmo!

DOUTOR JEAN: Sim, só tente não se esforçar muito nos afazeres de casa. Relaxe na maioria do dia, okay?
RODRIGO: Sim, doutor, obrigado!

DOUTOR JEAN: Depois de arrumar suas coisas eu volto para poder liberá-lo. Licença.

[Jean se retira do quarto e ao abrir a porta, se depara com Maria que sorri encantada. O doutor retribui com um singelo sorriso e se retira. Maria entra]

RODRIGO: E tudo vai voltar ao normal!

MARIA: Parece que sim depois daquele acidente na estrada.

THELMA: Acidente?

MARIA: Sim, parece que a viatura que estava levando a Regiane para a prisão na capital capotou, e até o momento nenhum corpo foi encontrado porque o carro explodiu e pode ter queimado todos que estavam presentes nele.

THELMA (Surpresa): Minha nossa senhora! E como deve está o Miguel, hein?

CENA 14: (MANSÃO DOS VASCONCELLOS/QUARTO DE MIGUEL/DIA)

[Após vestir sua camiseta, Miguel se encaminha até a porta onde ao abrir, se depara com Victório segurando uma mala]

VICTÓRIO: Ficou sabendo o que ouve na estrada, filho?

MIGUEL: Sim e estou sofrendo um pouco. Ela errou e muito, mas era a minha mãe antes de qualquer coisa.

VICTÓRIO: Sim, seja forte. Bom, eu tenho que ir. Meu vôo sai em algumas horas e não posso me atrasar.

MIGUEL: Vai com Deus e não demore. Eu vou sentir muita a sua falta.

VICTÓRIO: Eu que vou sentir mais a sua, filho.

[Marejando, os dois se abraçam fortemente como despedida]

MIGUEL (Emocionado): Te amo, pai!

VICTÓRIO (Emocionado): Te amo, filho! -Se vira- Até logo! -Volta a olhar para Miguel- Miguel, apenas ouça o seu coração. Se você ama mesmo a Thelma, vá atrás dela filho e esqueça esse incesto. É errado, eu sei, mas que se dane! Seja feliz, meu filho!

MIGUEL (Sorrindo): É isso mesmo que eu vou fazer!

[Miguel abraça o pai rapidamente, calça seu tenis e sai do quarto indo em direção a Igreja encontrar Thelma. Victório pega sua mala e vai em direção a parte externa da mansão]

CENA 15: (FÊNIX NEGRA/PRAÇA/DIA)

[Aguardando um táxi, Victório olha diversas vezes seu relógio de pulso impaciente. Ao fundo, José reconhece o homem e se aproxima]

VICTÓRIO: José? Que bom lhe ver, amigo!

JOSÉ: Eu que estou feliz em lhe ver, Victório. E pra que essa mala? Não me diga que vai viajar?

VICTÓRIO: Digo sim, amigo. Farei uma breve viagem pra esclarecer e refletir algumas coisas. Também vou ajudar os filhos de Neusa que sentem muita falta da mãe. Errei muito nessa vida e preciso concerta alguns detalhes.
JOSÉ: Entendo muito bem o seu lado, tenha certeza disso. -Risos- Bom, boa viagem!

VICTÓRIO: Obrigado e manda um abraço pra Maria, okay?

JOSÉ: Okay! Olha o táxi aí.

[Victório faz sinal ao táxi que estaciona em sua frente. Ele entra no veículo e acena como despedida para José que fica ali sozinho]

JOSÉ: Existem corações de mentiras que devem permanecer guardados. Pode demorar para ele ser aberto, mas uma hora isso vai acontecer e todos ficaram sabendo o que existe dentro dele.
[José põe sua mão direita em seu coração e observa o carro sumir de sua vista naquela rua reta]

CENA 16: (IGREJA/FUNDO/SALA/TARDE)

[Na sala estão Thelma e Rodrigo arrumando o local. Eles são surpreendidos com um batido na porta. Thelma se aproxima e a abre. Observamos Maria acompanhada por um homem]

THELMA: Amiga, você está linda demais!

MARIA: Ai, Thelma, para de ser boba. Como você está? E meu sobrinho lindo que em breve nasce?

THELMA: Estou arrumando aqui algumas coisas e seu sobrinho ao mesmo tempo que atrapalha, ajuda um pouco. -Risos- E por onde você andava, hein?

MARIA: Estava em uma festa maravilhosa como o meu novo colega.

THELMA: Sei, "colega". -Risos.

MARIA: Para Thelma, eu hein -Risos- Esse você conhece, é o doutor que cuidou do seu pai, lembra?

DOUTOR JEAN: Boa tarde, senhorita! -Estendendo a mão.

THELMA: Ah sim... Jean, né? Boa tarde! - Aperta sua mão- Entre, sinta-se à vontade.


MARIA: Não, Thelma, nós vamos almoçar em um restaurante que abriu na capital. Vim apenas avisar. -Risos. Quer vir?

THELMA: Que chique! -Risos- Não, vão vocês e aproveite, viu?
[As duas sorriem e se despedem com um abraço. Depois do ato, o casal se retira]

RODRIGO: Enquanto você estava conversando, chegou uma mensagem aqui no seu celular. -Estende o aparelho para ela.

THELMA: Sério? -Pega o aparelho da mão de Rodrigo- Nossa, nem ouvi.

RODRIGO: Quem é, hein?

[Após ler a mensagem, Thelma sorri. José entra na sala]


THELMA: É o Miguel! Ele quer se encontrar  comigo na igreja para podermos esclarecer tudo. Posso, José? Que eu saiba a igreja está vazia.

JOSÉ: Tem certeza, Thelma? Na casa de cristo?

 
 RODRIGO: Deixa, José! Deixa eles resolverem logo esse assunto difícil.

JOSÉ: Okay, vai lá.
[Thelma sorri e se encaminha até o interior da igreja encontrar Miguel. No momento, José vai para seu quarto apressado e Rodrigo também vai para o seu]

CENA 17: (IGREJA/FUNDO/QUARTO DE RODRIGO E THELMA/TARDE)

[Rodrigo caminha pelo local pensando em sua vida]

RODRIGO: Meu coração de mentiras, vai permanecer em mentiras e em silêncio. Desfrutei do bom e do melhor nessa vida e não preciso de mais nada disso. Regiane, cheguei a te amar sim, mas quando descobri a mulher nojenta e podre que você era, te descartei sem dó e nem piedade. Antônia, um amor falso e ambicioso. Acho que também cheguei a gostar de você um pouquinho, viu? Enfim, delas duas a mais infeliz é a Regiane! Acho que essa acabou com a minha vida por completo ao planejar esse incesto. Eu não posso deixa-la vencer essa guerra! Não posso!

CENA 18: (IGREJA/INT./TARDE)

[No meio daquela igreja escura, Miguel caminha até o altar onde está ao alto uma estátua de cristo. Ele se agacha rapidamente e faz o sinal da cruz em seu peito. Ao se levantar, o jovem se surpreende com a presença de Thelma em sua frente]

THELMA: Você me chamou e eu estou aqui.

MIGUEL: Thelma, eu vim resolver o nosso caso já que depois do casamento não tivemos tempo para trocar nem uma palavra se quer.

THELMA: Claro, Miguel, também queria falar com você sobre esse assunto inacreditável.

MIGUEL: Estou sofrendo muito com isso, Thelma, em pensar a cada momento que passamos juntos não era apenas de homem e mulher, e sim de irmão e... irmã.

THELMA: Também não está sendo fácil que em minha barriga bate um coração além do meu que é fruto de um... -Mareja em lágrimas- um incesto.

MIGUEL (Chorando): Pode ser difícil, mas não pense em retira essa criança que independente de tudo, foi formada com muito amor.

THELMA (Chorando): Jamais faria isso, Miguel.

[Silêncio durante uns segundos, até que Miguel segura as mãos da moça]

MIGUEL (Chorando): Thelma, eu não consigo te ver como irmã, sério. Te vejo como minha outra metade, como a mulher da minha vida.

THELMA (Chorando): Eu também, Miguel. Nosso amor é tão lindo que nem esse incesto será capaz de nos separar.

Trilha Sonora: Si Fuera Fácil - Matisse MX


MIGUEL (Chorando): Thelma, está disposta a enfrentar a difamação que o povo dessa cidade vão inventar por causa de nosso amor?

THELMA: Por você eu estou disposta a tudo, Miguel, tudo!

MIGUEL: Eu te amo, meu amor, te amo! Te amo!


THELMA: Também te amo, Miguel! Te amo! Te amo!

[Miguel e Thelma, felizes, se aproximam e se beijam. Thelma põe a mão em sua barriga e em seguida Miguel se ajoelha e beija a mão da moça. O jovem pega a amada em seu colo e a rodopia beijando sua barriga. Ao coloca-la no chão, os dois se olham mais uma vez e se beijam apaixonadamente. De repente, a igreja vai se clareando e eles se surpreendem ao verem a porta do local aberta. Os jovens param de se beijar e se viram. Ao olharem, ambos são surpreendidos por uma pessoa que por causa da claridade do sol, é impossível reconhecer. A pessoa caminha em direção a eles e retira de seu bolso uma arma. Silêncio em cena. Miguel e Thelma tentam se afastar da pessoa e se encostam na parede onde no alto está pendurada a estátua de cristo. A pessoa se aproxima cada vez mais do altar apontando a arma para o casal, destravando-a. Podemos observar o rosto assustado de Thelma e Miguel que ao ver a pessoa próxima de apertar o gatilho, entra na frente de Thelma. A pessoa dispara diversas vezes acertando o jovem e em seguida a moça. A pessoa se retira do local deixando cair algo de seu bolso. No chão, Miguel agoniza de dor enquanto Thelma, aos poucos vai caindo apoiada naquela parede. De um lado está o jovem jogado cheio de sangue perdendo a consciência. Enquanto do outro lado, está a moça também suja de sangue caída naquele altar de madeira. Tentando se manterem acordados, Miguel com sua mão suja de sangue, a conduz lentamente até uma mão suja de sangue de Thelma, e a segura com a força que ainda restava em seu corpo. Com dificuldades, Miguel olha para Thelma que também o olha. Uma última lágrima escorre de ambos os rostos]


MIGUEL (Morrendo/Dificuldades): Te Amo!

THELMA (Morrendo/Dificuldades): Te amo!


FIM

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